Bom retomando as peripécias de como se tornar um idoso no Brasil, uso minha própria experiência, e me dou a oportunidade de ser uma cobaia e ao mesmo tempo falar de meus desafios, angustias, acertos, derrotas e desapontamentos não querendo ser o dono da verdade, mas sim demonstrar em poucas linhas, como é em minha visão se achar em alguns momentos util e inútil, para isso ou aquilo, mas como disse em minha visão, poderia sentir essas coisas e me calar, mas sei que com o advento da internet, acho que alguém vai ler e se deleitar com minhas narrativas ou não de repente ler e achar quanta baboseira esse cara colocou nesse blog, desnecessário ou de repente de alguma maneira possa ajudar alguém inspirando como meus contos do que é ser idoso, não conheço muitos escritores que a partir de sua vida pessoal pudesse se expor dessa maneira, podendo em alguns momentos beirar ao ridículo e pensando bem acho que estou fazendo isso com maestria, por que quem quer saber se ficar velho é um problema e se isso importa ou não. Mas por via das duvidas e pelo aperto que isso da no peito metaforicamente falando, porque não se trata de problemas físicos e sim sentimentais ou espirituais, como preferirem. O caso que quando somos jovens pelo menos eu não pensava muito em sentimentos ou mesmo espiritualidade, acho que até era um reflexo de meu pai, pois hoje vejo muito dele em mim. No começo cético quanto aos sentimentos e algo do além, mas com o passar do tempo nos vemos naquele empasse do tipo e agora estou caminhando para o fim e as perguntas começam a fervilhar no cérebro, perguntas, indagações, crise existencial e tudo isso começa sempre na melhor idade ou velhice. E agora como vou partir, sempre esperamos que seja sem dor, alguns até dão essa sorte parte dormindo sem incomodar ninguém, mas a maioria pelo menos os que me cercaram ao longo de minha vida, com muita dor e sofrimento a eles e a nós que ficamos. Mas já estou tentando adiantar o fim e a finalidade, não é essa, vamos por por partes. Começo a perceber minhas limitações e inutilidade ao me aposentar, pois quando na ativa me achava o indestrutível, tinha respostas pra tudo, força vigor e sempre que minha família me apresentava uma dificuldade ou um problema, a minha reação e a locução sempre era deixa comigo que eu resolvo ou dou meu jeito e isso que fazia não importasse o quanto ficasse endividado ou não. com a aposentadoria essa situação se inverteu, como todos da classe pobre, uma vez fora do mercado de trabalho e dependendo de um salario baixo, não tendo se preparado como a maioria para parar e viver de beneficio, digo isso por ser uma verdade , pois é característica do nosso povo é uma cultura arraigada em todos brasileiros ou em sua maioria. Bom ai é que a porca torce o rabo, salario baixo, inflação alta, não saber administrar os poucos recursos que tem aliado a ter anteriormente um padrão de vida mais alta quando na ativa. Isso tudo faz com que o endividamento e por consequência a falta de crédito de prive de tudo que antes possuía. Por que falei sobre inutilidade, pois ai que vemos o quanto somos frágeis, começa alternar momentos de vontade de resolver os problemas, mas suas limitações físicas não permite mais e mesmo com formação acadêmica o mercado não te quer mais e é nesse momento que você fica em alguns momentos na dependência de outros, por exemplo filhos e ai que começa de fato os problemas das novas gerações e digo isso e não demonizando e nem dizendo que são culpa deles, mas numa reflexão mais aprofundada vemos que tudo gira em torno de como concebemos, criamos e educamos essa nova geração.